• Fale com a gente

Feliz Dia dos Pais (aos pais que cuidam)

No Brasil, se comemora desde os anos 50. Iniciou como evento comercial, promovido por alguns jornais do Rio. O Dia dos Pais é hoje comemorado no mundo inteiro. Com ou sem presentes, é um bom dia para pais e filhos de todas as idades.

Dia para o pai se dar conta de que também é filho. Para o filho reconhecer o pai que tem. Memórias entrelaçadas do homem e da criança ganham vida nas comemorações, palavras que flutuam no ar, cartõezinhos em letra tremida, pintados a lápis de cor. 

Dia do pai que se preza na lida do dia a dia. Que não ajuda a mãe, porque não é mero ajudante. Acorda cedo, prepara o café, uniforme, mochila, lanche, recomendações e leva menino para a escola.

Dia do pai que dá banho, jantar, auxilia na lição de casa, bota na cama, conta história, levanta no meio da noite, ajeita a coberta, dá remédio, diz que vai ficar tudo bem, que o sonho ruim já passou.

Perde hora de trabalho em reunião escolar, consulta médica, dentista. Não atende tudo sozinho, claro; reveza com a mãe, porque sabe que esse compromisso não é da mãe, mas uma sublime missão de ambos.

Dia dos pais é também daquele que não mora na mesma casa – encontros e desencontros da vida – mas que continua presente na vida do filho, assumindo a parte que lhe cabe, não só no sustento, mas também na convivência, no afeto.

Dia do pai que mora longe, e que telefona, visita, manda mensagem, se esforça para estar no aniversário, na festa da escola, passa férias junto, promove a convivência com a grande família, tios, primos, avós.

Não importa se biológico ou adotivo. O homem que adota uma criança, ou estabelece vínculos de afeto e cuidado com os filhos da sua companheira, ou companheiro, chora das mesmas lágrimas e ri do mesmo riso que os pais biológicos. Merece um abraço mais demorado nesse dia.

Na Constituição está escrito que os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos. O ECA afirma que toda criança tem direito ao desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Há muito que fazer para dar efetividade a esses direitos. A Justiça está abarrotada de ações para forçar muitos pais a contribuir minimamente com o sustento dos seus filhos. É urgente educar os homens. Não só para que cumpram seus deveres, mas para que não se privem desse amor inigualável. Pai que não cuida não é pai.

 

Paulo Roberto Alves da Silva

Sócio da LBS Advogados
E-mail: paulo.silva@lbs.adv.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.