Sonhos, projetos, realizações e conquistas nunca são individuais. São construções coletivas. São resultado da conjunção de condições materiais – como saúde, tempo para contemplar, autonomia parapensar, liberdade para criticar, confiança para falar – e oportunidades. São a culminância de vivências, histórias de luta e acúmulo de saberes.
São mola propulsora de um ciclo virtuoso que sempre se renova na imaginação e na alma das pessoas que experimentam sonhar e criar uma existência digna e inclusiva.
O projeto Cuidadania e todas as suas variantes, como construção humana que são, foram realizadas por muitas pessoas. Pessoas que escolheram viver plenamente, fazendo de sua existência e de seu ofício um instrumento de luta por uma sociedade justa.
Este livro, que serve de registro histórico dessa caminhada e (por que não?) de semente, também foi escrito coletivamente. Um coletivo reunido por afetos e convicções, que busca alinhavar existências e resistências.
O primeiro capítulo, Não andamos sós, foi escrito pela Professora Iêda Leal e reflete a identidade desse coletivo, o papel da ancestralidade e a força motriz que advém do encontro nas trincheiras.
O segundo capítulo, Quantas vidas cabem numa roda de conversa?, também conta com a participação da querida professora, que foi entrevistada por jovens mulheres e homens integrantes do escritório. A prosa, que se estendeu por uma tarde, contemplou temas como violência política contra mulheres negras e grupos ativistas; educação inclusiva; papel do movimento sindical e das políticas afirmativas; letramento racial e seletividade do sistema penal. Os artigos contidos nesse capítulo expressam variadas percepções dessa conversa.
O terceiro capítulo, Trilhando os caminhos da diversidade, foi escrito por integrantes do escritório com o objetivo de narrar sua vivência nos grupos de diversidade criados a partir do Manifesto LBS.
Contém, ainda, duas pequenas cartilhas.
O quarto capítulo, Encontros pela vida, foi generosamente escrito por pessoas que estão nas trincheiras ao nosso lado e compartilharam algum espaço de cuidadania. Há nove subcapítulos que versam sobre:
• Cuidar verbo coletivo – a importância do cuidado e a potência do coletivo;
• Os números da inclusão – a economia como fator de inclusão social e cidadania;
• Nutrindo mudanças – experiências que buscam e promovem transformação social;
• O (re)existir dos povos originários – a opressão e resistência dos povos indígenas;
• Haja armário – vivências de quem existe fora do padrão imposto como “normal”;
• Aprenda o meu nome – o poder das palavras para humanizar ou excluir as pessoas com deficiência;
• Política para quê? – pílulas para compreender (ou pelo menos tentar) os fenômenos sociais e políticos que vivemos na atualidade;
• Forasteiras da humanidade – o papel de subalternidade (ou subhumanidade) atribuído às mulheres negras e as consequências concretas disso em seus corpos;
• O ser humano e o trabalho como eixos de um mundo digno – reflexões sobre estruturas sociais alternativas para construir um
sistema de relações inclusivo e justo.
O quinto e último capítulo, Do lado de lá da pandemia, contém diferentes percepções sobre a crise sanitária mundial e seus multifacetados impactos sobre os corpos, as vidas e as relações sociais.
Que os pensamentos, os afetos e as vivências aqui reunidos sejam convite para quem tiver acesso a essa compilação de cuidadanias.
Convite para sonhar e para, coletivamente, transformar a realidade.
Convite para sorrir ao reconhecer uns nos outros a companhia que importa mais do que a própria luta.
O livro completo está disponível para download em PDF.
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Antonio Fernando Megale
Sócio da LBS Advogados
E-mail: antonio.megale@lbs.adv.br

Fernanda Caldas Giorgi
Sócia da LBS Advogados
E-mail: fernanda.giorgi@lbs.adv.br